MEMORIA DEL AGUA
Gestos y palabras que creí
escritos a fuego
en la dura pared del tiempo.
De pura piedad se los bebió
la memoria del agua
que, no reteniendo nada,
a todo da sepultura.
Rui Knopfli
De su libro Mangas verdes com sal (1969), incluído en Rui Knopfli. Memória consentida. 20 anos de poesia 1959/1979. Imprensa Nacional – Casa da Moeda, Dezembro 1982.
(Traducción de PLC)
MEMÓRIA DA ÁGUA
Gestos e palavras que crera
escritos a fogo
na dura parede do tempo.
De pura piedade os bebeu
a memória da água
que, nada retendo,
a tudo dá sepultura.
Rui Knopfli (Inhambane, África Oriental Portuguesa, 1932 - Lisboa, 1997)
No hay comentarios:
Publicar un comentario