Sol nulo dos dias vãos,
Cheios de lida e de calma,
Aquece ao menos as mãos
A quem não entras na alma!
Que ao menos a mão, roçando
A mão que por ela passe
Com externo calor brando
O frio da alma disfarce!
Senhor, já que a dor é nossa
E a fraqueza que ela tem,
Dá-nos ao menos a força
De a não mostrar a ninguém!
Fernando Pessoa
Publicado por primera vez en la revista Athena, nº 3. Lisboa, Dez. 1924.
(Y escuchar este poema como fado a Teresa Silva Carvalho, que en gloria esté)
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