ULISES A NAUSICA
No era fábula esta nostalgia
de a mi lado estar sin estar conmigo:
te veo ahora en agua, arena, carne,
dentro del sueño el rostro presentido.
Olor de roca donde el mar no llega
aunque se invente el mar mareas vivas...
Te reconozco, palma sin igual,
la gracia de la tierra al cielo erguida.
Pisas, al caminar, el propio viento,
que se embozó en el manto de una duna...
Bajo tus pies deshaces los granos del tiempo
pues tan ajena al tiempo tú caminas.
¿De qué me sirve haber vencido siempre
si me derrota aquí tu juventud.
David Mourão-Ferreira
ULISSES A NAUSÍCAA
Não tinha sido fábula a saudade
de estar ao pé de mim sem estar comigo:
vejo-te agora em água, areia, carne,
e és o vulto no sonho pressentido!
Cheiro de rocha a que não chega o mar,
por mais que o mar invente marés vivas...
Reconheço-te, ó palma tão sem par;
és a graça da terra ao céu erguida.
Pisas, ao caminhar, o próprio vento,
que se embuçou no manto de uma duna...
Desfazes sob os pés os grãos do tempo
por do Tempo não teres noção nenhuma...
De que me serve ter vencido sempre,
se aqui me vence a tua juventude?
(Traducción de PLC)
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